Ausência mais presente



Uma leve brisa do norte
Traz o aroma das árvores que se espalha pelo meu rosto
Ainda é madrugada, posso contar cada estrela que se estende
                                         [por entre o tapete negro da escuridão
Ouço ao longe o som leve do riacho, e basta fechar os olhos 
                                          [para da água sentir o gosto
E sobre meu cavalo cor da noite, voando baixo, não deixo
                                          [mais do que rastros pelo chão


Sigo para o leste
Por entre serras que ainda tentam esconder o sol
E tenho a sensação que o próprio vento me ajuda a chegar
Chamo o alazão, e digo sem palavras que se apresse, pois me sinto só
Sonhando, em poder estar novamente de frente àquele olhar


Quando avisto a pequena estrada
O coração pulsa no ritmo do galope do meu acompanhante
Avisto a casa branca, e um pouco adiante, vejo também a cachoeira
E sussurro à saudade, minha ausência mais presente:
'' Vá por aí, preencha outro coração, pois minha amada já está a minha espera ''.


G.Leone


Para minha maninha, Glaupe Rezende, que com apenas uma frase me inspirou esse poema. 

Comentários

  1. sensacional Giovane!
    belo blog, poesias de qualidade e profundo olhar sobre o mundo...
    parabéns, sucesso na continuidade dos estudos e continue nos brindando com a sensibilidade de seus escritos.
    forte abraço. elpp

    ResponderExcluir
  2. Muito obrigado ! Sempre que possível postarei mais poemas aqui. espero que continue agradando.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog